Por Fernando Richter
O Brasil venceu há pouco, pela Copa das Confederações, a seleção do Egito, por 4 a 3.
Parecia até que seria tudo muito fácil, mesmo porque, a seleção abriu o placar aos cinco minutos de partida, quando Daniel Alves lançou Kaká dentro da grande área e, com muita categoria, com direito a “chapéu” em cima do zagueiro Hani Said, o camisa 10 do Brasil empurrou para o fundo da rede, sem defesa para o goleiro El Hadary. Festa nas arquibancadas.
Bastou o gol brasileiro para vir a reação adversária. Dois minutos depois de Kaká abrir o marcador, Zidan ganhou na disputa com Daniel Alves e, de cabeça, empatou para o Egito. Nas arquibancadas, festa outra vez.
Aos onze minutos, Luís Fabiano, o atacante da seleção, subiu com facilidade e, também de cabeça, fez 2 a 1 para os brasileiros.
A torcida Sul-Africana deu um show à parte. Para eles pouco importava quem marcava gols, o que eles realmente queriam era ver a rede balançar.
Embalado com a magia que vinha das arquibancadas o Brasil chegou ao seu terceiro gol, ainda no primeiro tempo, quando Elano, cobrando escanteio, achou Juan sozinho dentro da área que de cabeça ampliou o placar para a equipe de Dunga.
O Primeiro tempo terminou com o resultado de 3 a 1 para o Brasil e claro, pensei que seria fácil demais vencer o Egito. Quem não pensou? Mente aquele que disser que acreditava em outro resultado se não aquele que via acontecer.
Na segunda etapa, o Brasil entrou tocando a bola e tentando cadenciar o resultado. Mas futebol é sempre uma caixinha de surpresa e, numa bobeada brasileira, Mohamed Shawky chutou forte no canto de Julio César, descontando para os egípcios.
Mal a seleção brasileira deu a saída no centro de campo, Aboutrika roubou a bola e tocou em direção ao seu companheiro Zidan, que ganhou na velocidade de Daniel Alves e chutou para empatar a partida. 3 a 3.
A imagem foi bonita tanto dentro de campo, quando os jogadores egípcios beijavam o chão no gramado, quanto nas arquibancadas, com torcedores vibrando e deixando escorrer lágrimas de emoção. Parecia até gol da África do Sul em final de Copa do Mundo (o que nunca ocorreu). Explosão da torcida, claro, pois nesse momento seu apoio era total para os egípcios - também Sul-Africanos.
Pois é, o que parecia fácil passou a ser um tormento para a equipe comandada por Dunga. Quem imaginava? Só dava Egito com boas oportunidades de gols.
Sem poder de reação, restou à seleção brasileira ter paciência até que, depois de uma cobrança de falta, aos 44 minutos, Lúcio desviou a bola para o gol e Elmohamad, em cima da linha, evitou o gol brasileiro com a mão.
O árbitro Howard Webb marcou pênalti, além de expulsar o infrator. Kaká, com tranqüilidade, bateu no canto esquerdo do goleiro Hadary e converteu.
Salva pelo “gongo”, a seleção canarinha venceu a partida em sua estréia na competição.Muito se fala do espetáculo que é em jogos dentro do Maracanã, na La Bomboneira e outros conhecidos estádios espalhados pelo mundo, mas hoje o Free State Stadium mostrou um pouco do espetáculo que veremos na próxima Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Não tenho dúvida que será um dos mais belos eventos já realizados no futebol. Tenho a impressão que teremos a Copa do Mundo mais calorosa de todos os tempos.
Ainda pela Copa das Confederações, estão se enfrentando nesse momento Itália e Estados Unidos, em Pretória. O Jogo segue 0 x 0.
A próxima partida da seleção brasileira será nessa próxima quinta-feira, 18, contra os Estados Unidos, em Pretória, às 11h (de Brasília).
Foto: Agência EFE / http://www.globoesporte.com/
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